Às vezes, senão muitas, são os mais
fortes que desistem. Somente os fortes são capazes de admitir as suas fraquezas
(que ao fim ao cabo não o são) e seguir em frente mesmo tendo “deixado”, parte
do que um dia foi relativamente eterno, para trás. E por falar em eternidade,
convém relembrar que a eternidade, e quase tudo na vida, muda todos os dias.
Assim como o caminho que fazemos. Sim, porque a vida é um caminho. E só vive
quem consegue, consciente dos riscos, dos buracos, dos desvios e de toda a bosta material que se entranha em
nós de vez enquanto, continuar de pé sem medo de caminhar.
Isto não faz com que pensemos a vida
como uma tragédia grega ou um mar de frustrações onde o único barco onde
embarcar é o Titanic. Não é isso. Até porque, se a vida fosse um porto,
certamente cada um de nós teria muito onde embarcar. O mais importante é saber,
seja por instinto ou cálculo estimado, eleger o barco certo. E, caso não se
acerte à primeira, não perder a vontade de voltar ao porto é mais de meio
caminho andado para se conseguir embarcar. Seja a nado, seja a remo. O
principal na vida, neste caso, é não desistir. Resumindo e concluindo, desistir
e lutar é quase a mesma coisa. E é para fortes.
Lembra-te sempre disto: Às
vezes é preciso ser mais forte para desistir do que já não tem pernas para
andar do que lutar por algo que parece não ter pernas. Caminhos, Barcos ou
livros. É tudo a mesma coisa. As metáforas são diferentes, a vida vale sempre o
mesmo: é única e é a tua: vais viver?
Com amor,
Tempo.