É engraçado como a vida nos ultrapassa e nos surpreende.
Da mesma forma que, enquanto o tempo passa, vamos sonhando e desejando o que, antes, poderia parecer descabido e intemporal - as ambições mudam e as metas também. E, à medida que crescemos vemos portas, tão facilmente se abrindo, da mesma forma que se fecham para nunca mais abrir. Depois existem aquelas cujo destino é incerto e impensado mas que, por tamanha controversidade, permanecem na memória até que a gente se convença do contrário daquilo que desejávamos que acontecesse.
A vida é assim - um livro, um barco, um oceano de sonhos e de ilusões cujo tempo determina o próprio tempo para a "hora certa" de determinados acontecimentos - para que as portas se fechem e as janelas se abram, do mesmo modo que alguém possa entrar e ficar ou sair.
A minha vida é isto - um sonho cujo fado é a minha própria realização, como alguém que vive com o propósito de chegar o mais longe possível. Por algum motivo se justifique que me digam que "não és deste mundo". Talvez tenham razão, ou talvez estejam todos errados.
O que sei, de facto, é que jamais desistirei dos meu sonhos, tanto quanto todos aqueles que acreditam na força dos mesmos, custem o preço que custarem - até que todas as portas se fechem haverá, certamente, todos os motivos para abrir todas as janelas e lutar pelos melhores tesouros.
Diz-se que na vida, nem tudo pertence ou depende de nós próprios, embora eu acredite no oposto. Mas, e o destino?
Quem caminha sobre os sonhos saberá sempre o destino dos seus passos - acorda.
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