Quando acordei com a chuva a pingar-me a alma a portada do quarto estava aberta e a chuva lá fora fez-me ver um dia feio e triste. Tinha tido uma noite de sono puramente chata e acordar com uma paisagem destas só me deixava ainda pior. Tive a sensação que estivera a noite a escrever, tinha o monte de folhas velhas ao lado da mesinha de cabeceira e a tinta manchara-me a almofada. Foi então que percebi que adormeci a escrever.
Dormi mais uma noite sozinha, mais uma de tantas outras, só mais uma, apenas uma.
Já me habituara aquele ambiente, aquela humidade e á realidade platónica causada pela distancia entre mim e o mundo.
Se tivesse que escolher de novo entre ficar e partir eu voltaria a optar pela alinea A. Eu sei que nunca conseguiria viver longe disto, longe de tudo o que ainda é meu.. teu ... longe de tudo o que um dia foi nosso. As paredes sujas, a colcha vazia, a casa feia e o lugar mais estúpido á face da terra. E mesmo sabendo os inúmeros defeitos deste lugar eu não o trocaria por nada imaginável. Porque em qualquer parte do mundo eu posso sobreviver mas eu sei que tu permaneces aqui, só aqui.
É doentio pedir a mesma coisa todas as noites sabendo que não posso ter mas, a única coisa que me move é a promessa de um regresso. O teu regresso a esta casa velha e a esta parva que te quer por perto.
Não á nada que me fassa mudar de ideias em relação a ti.
Lindo Bianca, Lindo ! *-*
ResponderEliminarParabéns pelo que escreves (':
Beijinho, Ramira
podes não ser inspiração para muitos , mas para mim acredita que ésqueridaq (:
ResponderEliminarDE NADA :D