quarta-feira, julho 20, 2011

Sentido



E o que me resta, é ir embora, ir embora.

Há momentos na nossa vida em que tudo parece vulgar e inutilmente perdido.
Há lugares pelos quais já passamos que transmitem-nos a sensação de que somos os primeiros e os últimos a lá passar. Há palavras e expressões que ficam-nos no ouvido, como ensinamentos .
Há musicas que lembram-nos pessoas que já nos deixaram faz tempo, as quais não conseguimos esquecer.
Há sentimentos que acompanham-nos a vida toda e outros que surpreendem-nos ao longo da mesma.
De todas estas "coisas" há uma que completa e une o Homem de forma a que este não perca (nunca) nenhuma das suas virtudes - a memória.
É nela que habitam todos os momentos, permanecem todos os lugares, estão escritas todas as palavras, cantadas todas as músicas e guardados todos os sentimentos.
É a memória que uniformiza tudo o que não parece ter forma, é ela que faz do mais simples e vulgar a mais bela e preciosa das recordações.
Tudo o que vivemos é como o por do sol - se não houver quem o deseje na manhã seguinte, a noite reinará para a eternidade.
É a vontade que guia tudo o que realmente somos e vivemos.

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