Hoje, ao abrir a janela, senti que o vento era suficientemente forte para destruir-me as lembranças – esses fragmentos distorcidos que compõem o meu passado.
E, cada vez que procuro, no horizonte, um motivo para voltar a acreditar no poder das palavras, deparo-me novamente com aquele vazio que, em certa medida, completa-me.
É como se a minha vida fosse um labirinto sem solução. E, por mais que tente querer voltar a tentar, parece que não há atalhos suficientemente perfeitos para fazerem-me querer sair do labirinto.
Procurarei eu por algo que não existe? Serei assim tão exigente ao ponto de não encontrar o caminho?
Há momentos na vida em que tudo parece perfeito. Mas há
outros…