quarta-feira, setembro 09, 2015

Uma carta do tempo

Às vezes, senão muitas, são os mais fortes que desistem. Somente os fortes são capazes de admitir as suas fraquezas (que ao fim ao cabo não o são) e seguir em frente mesmo tendo “deixado”, parte do que um dia foi relativamente eterno, para trás. E por falar em eternidade, convém relembrar que a eternidade, e quase tudo na vida, muda todos os dias. Assim como o caminho que fazemos. Sim, porque a vida é um caminho. E só vive quem consegue, consciente dos riscos, dos buracos, dos desvios e de toda a bosta material que se entranha em nós de vez enquanto, continuar de pé sem medo de caminhar.
Isto não faz com que pensemos a vida como uma tragédia grega ou um mar de frustrações onde o único barco onde embarcar é o Titanic. Não é isso. Até porque, se a vida fosse um porto, certamente cada um de nós teria muito onde embarcar. O mais importante é saber, seja por instinto ou cálculo estimado, eleger o barco certo. E, caso não se acerte à primeira, não perder a vontade de voltar ao porto é mais de meio caminho andado para se conseguir embarcar. Seja a nado, seja a remo. O principal na vida, neste caso, é não desistir. Resumindo e concluindo, desistir e lutar é quase a mesma coisa. E é para fortes.
Lembra-te sempre disto: Às vezes é preciso ser mais forte para desistir do que já não tem pernas para andar do que lutar por algo que parece não ter pernas. Caminhos, Barcos ou livros. É tudo a mesma coisa. As metáforas são diferentes, a vida vale sempre o mesmo: é única e é a tua: vais viver?

Com amor, 

Tempo.

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