quinta-feira, janeiro 16, 2014

Porque o amor nunca morre

"Querida,
A chuva cai lá fora e o dia parece triste. No entanto, nada comparado com o vazio que me preenche. Sinto a tua falta e, ainda que aparentemente temporária, ela tornou-se eternamente dolorosa. Inicialmente, acreditava que tudo não passaria de um pesadelo e que, por mais penosa e injusta que fosse a tua partida, tu irias voltar. Os dias passaram-se entre lágrimas e sorrisos forçados, contudo, tu continuas longe, num lugar incerto e misterioso. Prometi ser o pirata do teu tesouro, o capitão do teu navio. Mas, e agora? Como farei sem mapa? Sem mar por onde navegar?

As águas onde juntos mergulhávamos secaram e, as folhas do outono já dançam com o vento. O calor tórrido do verão congelou com o frio nas nevadas e o meu coração ardeu e partiu, junto com a tua alma.

Não sei ainda o que vou fazer quando tiver que sair lá fora: o que dizer, o que responder, como agir. Pensei que conseguiria viver sem ti. E, mais uma vez, estive enganado. Encontrei no recanto do meu quarto, aquele que um dia foi nosso, um bom amigo: o teu diário. Pensei que estas coisas fossem apenas para os deprimidos e parece que acertei. Deprimido ou não, a única coisa que consigo fazer, para além de respirar e desejar-te, é escrever.

P.S. Onde quer que tu estejas, com quem quer que caminhes, se ainda me amas, tu vais voltar. "

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