segunda-feira, janeiro 20, 2014

Entre o cansaço e a diferença

Ser diferente cansa. Tudo o que é difernte cansa. E eu. Eu sinto-me cansada. Mas, quem nunca se sentiu cansado um dia? 
A saturação da vida parece, agora, mais condensada do que nunca. Os dias parece que possuem 48 horas e as horas multiplicam-se em dobro. Muito mais do que aquilo que pensava suportar. Ainda assim, não penso desistir.
A consciência da realidade torna-me pedinte de uma inconsciência passada - aquela que me fazia crer na perfeição das atitudes, dos momentos, enfim, das coisas no seu sentido lato."A vida é mesmo assim" gritava o conformismo imposto pelos meus iguais, esse conformismo a que me acostumei sem nunca colocar em causa o que quer que fosse, até hoje. Porque haverei eu de descarregar em outrem o meu destino? Ou, por ventura, despojar o "que tiver de ser" nas esperanças do fado?
Não, deixei-me disso. 
Porque, embora esteja cansada de sentir cansaço, sinto que é assim que existo - a querer ficar bem com o que está mal, a acreditar no que ninguém acredita e a viver do que, simplesmente, não existe.
O preço da diferença paga-se caro, e eu tenho descoberto aos poucos quanto ele custa.
Mas, ainda assim (cansada) em momento algum, pensei em desistir.
Não fosse o sonho a minha razão de viver.

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