sábado, março 09, 2013

Saudade




Vou ser o mais simples e breve nas palavras.
Hoje, mais do que nunca, acordei com aquela vontade estranha em acreditar que, ao abrir os olhos, tu estarias ao pé da cama e me abraçarias mal me levantasse. Carreguei, também, durante todo o dia, a ideia estúpida de que, estivesse eu onde estivesse, tu estarias comigo, a perseguir-me por entre os carros e a observar tudo o que eu fizesse. Senti o teu perfume e, para tornar tudo ainda mais dolorosamente saudoso, ao regressar do trabalho, passou na rádio aquela música.
Honestamente, hoje foi um dia difícil. Semelhante a todos aqueles em que respiro, parecido com os restantes em que me recuso a fazê-lo e gémeo de todos aqueles em que simplesmente quero morrer na esperança insensata de que, ao fazê-lo, encontrar-te-ei, por fim.
Há dias em que mais valia não acordar e, literalmente, hoje foi um deles. Não é que recordar-te seja mau, é apenas a dor de saber que fazê-lo é a única forma de voltar sentir-te e a ter-te.
Torna-se difícil viver quando o único motivo que tinha para fazê-lo, simplesmente, foi-se.
Estejas onde estiveres, amo-te.


P.S. Acredito que amanhã tudo seja diferente.


28 de janeiro de 2013

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