sábado, janeiro 15, 2011

Em tempo de Guerra

Os meus olhos esvaem lágrimas de sangue, a minha alma depenada vagueia pela cidade perdida à procura de um abrigo.
Não sei como tudo aconteceu mas, se ainda ao menos tivesse memória.
Não me lembro como vim parar a este corpo (...) se sempre dele fiz parte.
"Vejo pessoas a dormir nas ruas, casas em remodelação, consigo ainda ver mais ! Meu Deus! Os céus estão cobertos de fumo."
Perdi a memória na calçada, o meu olhar é lúcido ... a minha nitidez é cega, traidora do meu próprio desejo.
Sinto saliva no peito e sangue na boca, ou não me sinto?


Quero voltar para casa mas perdi o caminho, ou será que ele não existe?

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